O Imposto de Renda é uma das obrigações tributárias que incidem na folha de pagamento das empresas. 

Porém, muitos ainda têm dúvida de como calcular o imposto de renda corretamente para evitar complicações.

Por isso, criamos esse guia para ajudar a sua empresa a calcular o Imposto de Renda sem problemas.

Então, continue lendo e aprenda tudo.

O que é e como calcular Imposto de Renda?

O Imposto de Renda é um tributo cobrado anualmente pelo Governo Federal sobre os ganhos de pessoas e de empresas. 

As alíquotas desse imposto variam de acordo com a faixa de renda do profissional, na qual uma porcentagem da renda média anual da empresa ou do próprio funcionário é descontada e repassada ao Governo.

Aqui no Brasil, o IR é descontado mensalmente e no ano seguinte o contribuinte deve declarar todos esses valores que foram recolhidos ou retidos na temida Declaração de Imposto de Renda. 

A Declaração de IR nada mais é que um demonstrativo que informa a Receita Federal o quanto foi pago durante o ano anterior.

Se ainda deve ser recolhido mais algum valor ou restituído um montante, caso tenha sido pago a mais.

O que é o Imposto de Renda?

A sigla IRRF significa Imposto de Renda Retido na Fonte.

O valor é retido diretamente na folha de pagamento de um empregado para fazer o pagamento do imposto de renda.

Na prática, ele funciona como uma antecipação do pagamento do imposto de renda e tem como objetivo simplificar o pagamento do tributo. 

Vale ressaltar que esse desconto só é realizado para os funcionários que são obrigados a declarar o IR.

Dessa forma, é a empresa para qual ela presta serviços que é a responsável por reter o valor mensalmente.

Em caso de férias e décimo terceiro salário, o valor do desconto será um pouco maior, considerando esse aumento na renda do profissional.

Logo, é possível perceber que quanto maior for a renda do indivíduo, maior será o desconto referente ao imposto de renda. 

Qual a importância do IRRF?

No Brasil a instituição responsável pelos impostos é a Receita Federal.

É ela quem tem por obrigação realizar a fiscalização e controle dos recolhimentos e cobranças de todos os impostos federais. 

Embora a contribuição seja realizada pelo funcionário, a empresa é a responsável pelo recolhimento e repasse ao Governo. 

Por isso, é fundamental ter bastante atenção ao realizar os cálculos para que todos os valores sejam recolhidos e repassados corretamente. 

A falta de pagamento de determinados valores, pode ser entendido como o crime de apropriação indébita, que é quando ocorre o apossamento de algo que lhe foi confiado e precisaria ser devolvido depois.

Além disso, pode causar sérias penalidades judiciais para as organizações e também gerar altas multas e juros.

imposto de renda
Imagem por Jornal Contábil

É um fato que pode gerar problemas graves para a empresa, podendo até atingir até os próprios sócios. 

Essas penalidades também são válidas para o contribuinte, que caso o imposto de renda não seja pago devidamente, o empregado pode sofrer sanções graves e bloqueios, além de ter que pagar multas e juros elevados.

Como calcular o imposto de renda? 3 passos práticos para te guiar

Agora que já conhecemos os conceitos, vamos aprender a calcular o imposto de renda em três passos. 

Mas, antes precisamos conhecer as regras e obrigatoriedades para declarar o  IR. Vejamos:

Agora vamos entender como calcular o imposto de renda.

1. Some os vencimentos

Para calcular o IRRF é necessário saber o salário bruto do colaborador. 

Por isso, a soma dos vencimentos é o primeiro passo para se calcular o IRRF. 

Mas, afinal, o que são vencimentos? 

São todos os valores somados ao salário base do funcionário. Esses valores estão descritos no seu holerite e/ou na carteira de trabalho.

Podemos citar:

  • descanso semanal remunerado (DSR)
  • adicional noturno
  • horas extras

2. Fala o desconto o INSS

Após a soma de todos os vencimentos irá encontrar o salário bruto de cada funcionário. 

O próximo passo é realizar o abatimento do INSS na base de cálculo. 

A dúvida que poderá surgir é referente a que alíquota deverá ser usada.

Para cada faixa salarial, uma alíquota.

Pode variar entre 7,5% e 14%, com o limite de R$ 604,44 dependendo do salário do colaborador. Vejamos as faixas de contribuição:

  • Salários até R$ 1.039 – 7,5%;
  • Salários de R$ 1.039 até R$ 2.098,60 – 9%;
  • Salários de R$ 2.098,61 até R$ 3.134,40 – 12%;
  • Salários de R$ 3.134,41 até R$ 6.101,06 contribuirão com 14%.

Vale salientar que esses valores podem ser alterados anualmente. 

3. Calcule o Imposto de Renda

A base de cálculo para o imposto de renda pode ser encontrada da seguinte forma: 

  • Base de cálculo IR = Salário Bruto – INSS

Dedução dos dependentes legais

Antes do próximo passo, lembre-se de verificar qual a condição familiar do colaborador, pois funcionários que possuem dependentes legais têm o valor de R$189,59 descontado por cada dependente. 

Podem ser considerados como dependentes:

  • cônjuge;
  • filhos até 21 anos;
  • pais e avós que não tenham rendimentos.

Agora podemos avançar para aplicar a alíquota.

Segue as faixas atualizadas:

alíquota do imposto de renda

Para ficar mais claro, vamos considerar um salário de R$3000 de um funcionário, sem dependentes:

A base de cálculo para o IRRF é calculado da seguinte forma: 

  • BC – IR = 3000,00 – 281,64 = 2718,36 
  • IR= 2718,36 x 7,5% = 203,88 – 142,80 = 61,08 de IR a ser retido na fonte.

Viu como é fácil calcular o IR para sua folha de pagamento?

Conclusão

Embora seja possível realizar o cálculo do IR de forma simples e rápida, elaborar uma folha de pagamento é tarefa minuciosa e necessita de muita atenção.

Qualquer pequeno erro poderá gerar um grande problema e em casos mais graves até processos judiciais.

Por isso, é essencial contar com a ajuda de profissionais qualificados que te auxiliarão com essa demanda.

Se sua empresa não conta com a ajuda de um contador ou nem um departamento pessoal, procure já a ajuda de um contador ou escritório de contabilidade e agende sua visita!