Antes de falarmos sobre cuidados preventivos, é importante falar que, embora estejamos em um momento de flexibilização, a pandemia ainda assola o mundo. Por isso, ainda é necessário manter os requisitos de segurança e o rigor nas regras de distanciamento e circulação. 

Essa preocupação deve ser de todos os ambientes que contém grande circulação de pessoas e o condomínio é um desses. 

É necessário minimizar os riscos e conscientizar sobre o potencial de transmissão do vírus nas áreas comuns do prédio. Deve ser uma conscientização geral: moradores, administração e síndico. 

Atuar na prevenção ao coronavírus em condomínios diminuindo sua disseminação e evitando contágios não é tarefa fácil, principalmente por ser uma situação atípica. Com isso, muitos administradores têm dúvidas em como agir. 

Nesse contexto, temos um grande desafio: viabilizar as atividades e ambientes de maneira segura para continuar prezando pela saúde de seus colaboradores.

Para ajudar a enfrentar esse cenário, preparamos este post, que traz algumas dicas de como manter os cuidados preventivos no seu condomínio de maneira promissora. 

A importância dos cuidados preventivos na flexibilização e reabertura dos condomínios

Há mais de um ano que estamos vivendo uma situação que havia muitos anos que não ocorria: uma pandemia. Um problema que afetou o campo, a cidade, os vilarejos em todo o mundo. 

E quando se fala de cidade, lembramos logo dos condomínios espalhados por ela. 

É praticamente impossível pensar em um enfrentamento à pandemia em que a cidade e os condomínios estejam em estágios e regras diferentes. É muito importante alinhar e construir uma diretriz que seja eficaz para todos, principalmente nesse novo estágio de flexibilização. 

Os condomínios possuem uma grande movimentação de pessoas, principalmente aqueles com grande quantidade de apartamentos, casas e o síndico é responsável pela preservação da saúde de todos, é o que diz o Art. 22 da Lei 4591/64.

Os cuidados para combatermos o coronavírus deve ser uma ação conjunta da sociedade. Através da mobilização social é possível gerar uma comunicação em massa, espalhar informações importantes e organizar ações no combate à doença.

Passado esse tempo, muita coisa já foi adaptada e novos hábitos se fizeram necessários.

O brasileiro tão caloroso, já teve que se adaptar para evitar o toque, trocando os beijos, abraços pelo aperto de mãos. Até aqueles que eram mais avessos à tecnologia tiveram que se adaptar: os vovôs e vovós já fazem até uso para acompanhar a rotina dos netinhos e matar um pouco da saudade. Surgiu também grande aceitação a categoria de trabalho em home office que deve perdurar mesmo com a passagem da pandemia

As medidas de prevenção, conforme o nome mesmo diz, além de prevenir a proliferação da doença no condomínio, evitarão também um colapso no sistema de saúde pública do país. 

E com o retorno e flexibilização das atividades, manter os cuidados deve ser tarefa levada muito a sério e realizada de forma redobrada, já que os ambientes em comum poderão ser reabertos e a população, assim como os moradores, terão acesso a outros lugares e contato com outras pessoas. 

Cuidados preventivos para seu condomínio

Antes de falarmos sobre o cuidado é importante reforçar que a responsabilidade é de todos

O síndico como representante do condomínio tem o papel de conscientizar, aplicar as medidas e averiguar seu cumprimento. É necessário que todos estejam dispostos a colaborar e fazer a sua parte.

Veja a seguir alguns cuidados e recomendações para condomínios:

1. Cancelamento de assembleias presenciais

Embora em alguns lugares já existam liberações para reuniões ou eventos com uma quantidade limitada de pessoas, se possível, mantenha as assembleias presenciais suspensas

Uma boa solução para condomínios pequenos, é realizar assembleias de forma virtual. Existem diversas plataformas que podem ser utilizadas nessa demanda, inclusive aplicativos para condomínios voltados para reuniões. 

No entanto, é importante se atentar a um detalhe: caso condomínios optem por esta opção, é importante que assuntos que requerem registro de atas não sejam abordados.

2. Limpeza redobrada de áreas comuns

Se possível, todos os procedimentos de limpeza devem ser redobrados, principalmente nas áreas comuns como: academias, brinquedoteca, saunas, entre outras, caso estejam disponíveis. A limpeza deve ficar ainda mais concentrada nos elevadores e áreas de circulação dos moradores. 

Outro ponto importante é tentar fazer um horário alternativo para os funcionários evitando que os mesmos peguem o transporte público em horários de pico e caso algum funcionário tenha sintomas de gripe, o mesmo deve ser afastado por pelo menos 14 dias.

3. Orientação sobre o uso de máscaras

Exigir sempre que os moradores usem máscara assim que saem de seus apartamentos

De acordo com a  Lei n.º 14.019/2020 o uso de máscaras de proteção individual passou a ser obrigatório em espaços públicos e privados durante a pandemia do novo coronavírus, podendo ser artesanais ou industriais. 

A obrigatoriedade do uso da proteção facial engloba vias públicas e transportes públicos coletivos, como ônibus e metrô, bem como em táxis e carros de aplicativos, ônibus, aeronaves ou embarcações de uso coletivo fretados.

O condomínio por se tratar de um espaço de movimentação de pessoas e também de uso coletivo se enquadra nesse contexto de obrigatoriedade.

O síndico ou a administradora deve fiscalizar e orientar sobre o uso das máscaras. 

4. Disponibilize álcool gel nas áreas comuns

Outra medida que pode ser tomada é a instalação de dispensers com álcool em gel 70% em todos os pontos do prédio.

Se não for possível em todas, disponibilize, ao menos, na entrada social e de serviço do condomínio,  próximo ao portão de entrada, ao dispositivo de acesso por biometria e catracas, próximo aos elevadores no subsolo e no térreo, no acesso às escadas, no local onde estão instaladas as lixeiras e em outras áreas de circulação e acesso de pessoas.

Assim, o morador pode higienizar suas mãos logo após tocar em algum ponto que outras pessoas também têm acesso, como maçaneta e botão do elevador.

5. Controle o acesso às áreas comuns e de lazer

Alguns gestores já realizaram uma gradual reabertura de áreas comuns e de lazer nos condomínios. Se esse é o caso do seu prédio, é importante observar fiscalizar e controlar o acesso dos moradores para que não causa aglomeração de pessoas nesses espaços. 

Outro ponto importante são as visitas: devem ser evitadas ao máximo.

O condomínio não pode proibir a entrada de pessoas no prédio, mas o ideal é receber apenas visitas imprescindíveis. Para isso, é necessário a colaboração e bom senso de todos os moradores

6. Permita apenas mudanças e obras emergenciais

Devem ser evitadas obras que não sejam emergenciais em áreas comuns e nos apartamentos. Permita aquelas que são realmente fundamentais, como obras para conter vazamentos de água, esgoto e a construção de muros de contenção caso haja risco de deslizamentos. Quanto às mudanças, autorize também só as emergenciais.

Conclusão

Como gestor do condomínio é de sua responsabilidade manter seus moradores seguros preservando a saúde deles. O síndico tem também papel essencial no que diz respeito ao combate ao coronavírus nos condomínios. Por isso, é extremamente importante implementar medidas que possam evitar a proliferação do vírus

O síndico deve orientar e acompanhar o cumprimento das regras estabelecidas e os cuidados preventivos para proteção contra o coronavírus. Porém, vale salientar que é papel de cada um dos moradores agir de forma a fortalecer o espírito de comunidade do condomínio, afinal de contas, a prevenção ao coronavírus é uma missão de todos! 

Estejam cientes das suas responsabilidades e comprometidos com os protocolos de segurança. Se todos colaborarem e fizerem sua parte, ficará menos difícil manter o condomínio livre de contágio.