4 tipos de regime tributário e como escolher

A escolha de um Regime Tributário efetivo e adequado para o porte e o tipo de atividade exercida é, sem dúvidas, uma das etapas mais importantes para o sucesso financeiro de uma empresa. Por isso, conhecer os tipos de regime tributário e escolher o mais adequado à realidade do seu negócio é essencial. 

Para te ajudar nesse processo, preparamos e dividimos o nosso conteúdo nos seguintes tópicos: 

  • Regime Tributário: O que é? 
  • Por que é necessário definir um regime tributário? 
  • 4 tipos de regime tributário e como escolher o melhor para a sua empresa 
  • Conclusão 
  • Sobre a empresa 

Para ter o detalhamento de cada um deles, basta prosseguir com a leitura. 

Regime tributário: O que é? 

O regime tributário é um conjunto de leis e normas que tem como objetivo principal a determinação de um sistema para a cobrança e o recolhimento de impostos, a depender do faturamento empresarial, das características existentes e da escolha mais estratégica para gestores e proprietários. 

Para atender aos diferentes modelos e interesses empresariais existentes, há quatro regimes de tributação disponíveis: MEI, Simples Nacional, Lucro Real é Lucro Presumido. 

Cada um deles tem suas próprias normas, características e benefícios. Ao decorrer do texto, detalharemos e explicaremos um por um de forma objetiva. 

Por que é necessário definir um regime tributário? 

Como bem sabemos, o Brasil é um dos países com a maior carga tributária do mundo inteiro. Por isso, definir um regime tributário para o recolhimento de impostos é fundamental a toda e qualquer empresa que deseja manter suas atividades regulares com o fisco, visando sempre a escolha mais estratégica e benéfica para o seu negócio. 

As características corporativas são fundamentais durante esse processo, sendo o porte empresarial um dos fatores decisivos para a escolha de um regime tributário condizente com as necessidades existentes em um determinado negócio. 

Além disso, o tipo de atividade e serviço, o faturamento e o planejamento financeiro também são fatores importantíssimos para a escolha de um regime tributário efetivo. 

Por isso, é indispensável que você conheça todos os regimes disponíveis, analise cada um deles criteriosamente e reconheça a situação e a necessidade do seu negócio. 

Assim, você evita gastos desnecessários, como pagamento indevido de impostos e demais problemas relacionados às obrigações fiscais vigentes para o exercício regular de toda e qualquer empresa. 

4 tipos de regime tributário e como escolher o melhor para a sua empresa 

Como já mencionado anteriormente, há 4 tipos de regime tributário disponíveis para análise e escolha. Agora que você já sabe o que é e entende a importância de uma escolha estratégica, podemos detalhar e te mostrar as principais características de cada um deles.

1. Microempreendedores Individuais (MEI)

O MEI surgiu com a implementação da Lei Complementar 128/2008, e está vigente desde 01/07/2009. Como o próprio nome sugere, é ideal para micro empresas com faturamento limite de até R$81.000,00. 

Se o faturamento do seu negócio é superior a esse valor, esse tipo de regime não contempla as suas atividades empresariais, assim como determina a lei: 

“Considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (adiante reproduzido) – Código Civil, que tenha auferido receita bruta até o limite estabelecido” 

O recolhimento de impostos, por sua vez, é feito mensalmente e tem um valor fixo já definido: 5% do salário mínimo. 

Logo, se você está iniciando na ramo empresarial e possui um pequeno negócio, o MEI é ideal para a sua empresa e as necessidades da mesma.

2. Simples Nacional 

O regime tributário Simples Nacional surgiu a partir da Lei Complementar 123/2006 de 14 de Dezembro de 2005, e desde então, é o tipo de regime mais implementado por empresas de pequeno porte.

Tamanho uso e aceitação é pela facilidade que o modelo oferece, tendo como objetivo principal a redução de burocracias e a simplificação de processos. Assim, o Simples Nacional junta todos os os impostos, sejam eles federais, estaduais ou municipais e os unifica em uma guia de pagamento, a famosa DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

Para escolher o Simples Nacional como regime tributário, há limites de faturamento definidos, sendo eles: 

  • empreendedores individuais: R$ 60 mil anuais
  • microempresas: R$ 360 mil anuais
  • empresas de pequeno porte: R$ 4.8 milhões anuais

Se o faturamento e o porte da sua empresa está dentro dos valores acima, você pode considerar o simples nacional como regime para a sua empresa.

3. Lucro Real 

Diferente do Simples Nacional, o Lucro Real é o regime tributário mais utilizado por empresas de grande porte. Para ser enquadrada no Lucro Real, a empresa precisa ter faturamento anual bruto superior a R$ 48 milhões. Além disso, empresas bancárias e securitárias são obrigadas a utilizar o lucro real como regime tributário.  

Como o próprio nome sugere, o cálculo de impostos é feito a partir do lucro real, tendo como base o faturamento mensal. Logo, o recolhimento de impostos é diretamente proporcional ao ganho no período determinado de tempo. Quanto maior for o lucro, maior será o valor de impostos a pagar. Quanto menor for o lucro, menor será o valor. 

Válido salientar também que no Lucro Real o lucro é declarado com base em obrigações acessórias, como demonstrativos de resultados e relatórios de movimentações financeiras.

4. Lucro Presumido 

Por último, mas não menos importante, o Lucro Presumido também é uma escolha para empresas de porte considerável, com faturamento anual entre R$ 4 e R$ 78 milhões. Nesse tipo de regime o recolhimento é feito por trimestre, e empresas de origem bancária e financeira não podem ser enquadradas no lucro presumido. 

Assim como no Lucro Real, o pagamento é feito a partir de guias e declarações acessórias. Entretanto, a quantidade de informações é menor e o processo é menos burocrático. Isso porque para a definição dos valores tributários é utilizada uma porcentagem de lucro presumido, o que pode ser benéfico ou não para a empresa em determinados períodos. 

Em períodos de alto faturamento com baixa presunção de lucro, a empresa pode pagar menos impostos do que deveria e se beneficiar disso. Entretanto, a situação contrária também pode acontecer e a empresa pode acabar pagando mais impostos do que deveria por uma presunção exacerbada. 

Por isso, é importante analisar cuidadosamente a situação da sua empresa, os seus faturamentos e a forma mais estratégica e benéfica de se enquadrar em um regime tributário. 

Conclusão 

Após a leitura completa do nosso conteúdo, esperamos que você tenha entendido o que é um Regime tributário, a importância de escolha do mesmo e os tipos existentes, bem como as principais características de cada um deles. Esperamos também que as informações aqui fornecidas sejam úteis na rotina da sua empresa, facilitando e melhorando os seus resultados. 

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Sobre a empresa 

Fundada em 1991, a Rui Cadete Consultores e Auditores Associados, empresa que fornece Contabilidade Consultiva vem, ao longo de anos, experimentando um grande fortalecimento profissional e conquistando destaque no mercado, atestado pela sua extensa e diversificada carteira de clientes.

Acreditamos que o ambiente de trabalho pode ser leve e desafiador e que fazer bem as coisas e o bem às pessoas fará com que o mundo se torne melhor. Atuamos em vários estados brasileiros, sempre replicando os mesmos parâmetros da nossa Prática de Gestão, que além de englobar nossas referências e crenças congrega a criatividade, a diversidade e a multiplicidade do conhecimento.

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Rui Cadete

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